quarta-feira, abril 19, 2006

Estudo Biblico Domingo de Pásco - Cova da Piedade

Resultados ou benefícios da Ressurreição de Jesus

Texto base: Mateus 28. 1- 10

E, se Cristo não ressurgiu, logo é vã a nossa pregação, e também é vã a vossa fé(I Coríntios 15.15)

  1. Fornece uma base firme para a nossa fé


  • Em Deus

Que por ele credes em Deus, que o ressuscitou dentre os mortos e lhe deu glória, para que a nossa fé e esperança estivessem em Deus” (I Pedro 1.21)

O Senhor provou ser Deus ao ressuscitar Jesus dentre os mortos. O Pai, ao ressuscitar Jesus, testemunhou a autenticidade da pregação de Jesus. Nenhum homem pode ressuscitar um morto, logo, se Jesus, como homem, ressuscitou, isso tem que ser obra de Deus, que assim quis dar um sinal comprovante da messianidade do Ressuscitado.


  • Em Jesus

A Sua ressurreição provou que Ele era tudo aquilo que Ele disse ser:

e foi declarado Filho de Deus com poder, segundo o Espírito de santidade, pela ressurreição dos mortos” (Romanos 1.4)

Cristo não foi feito Filho de Deus por ressuscitar, mas declarado Filho de Deus pela ressurreição dentre os mortos.

Se Cristo tivesse permanecido no túmulo não haveria razão para crer que Ele fosse diferente de todos os que morreram antes dele, seria mais um profeta, mais um homem de Deus, um rabi, um mestre, um sábio, mas não o Messias, não o Filho do Altíssimo.

Os Judeus pelo menos duas vezes pediram a Jesus um sinal que confirmasse o que Ele afirmava, para crerem n’Ele.

Nas duas ocasiões Ele deu um sinal que apontava para a sua ressurreição:

  1) O Exemplo do profeta Jonas – Mateus 12.38-40.

       2) A destruição e a reconstrução do templo em três dias – João 2.18-21


  1. Fornece a garantia do perdão dos nossos pecados

Se com a tua boca confessares a Jesus como Senhor, e em teu coração creres que Deus o ressuscitou dentre os mortos, serás salvo” (Romanos 10.9)

A salvação vem aos que crêem que Deus ressuscitou a Jesus dos mortos. Crer que Deus ressuscitou a Cristo dos mortos é crer que Ele conquistou a morte e o inferno e crer, também, que os que têm fé Nele conquistarão a morte e o inferno, pois estão unidos com Ele.

A Justificação do pecador é confirmada pela ressurreição de Jesus:

Ele foi entregue por nossos pecados, e ressurgiu para nossa justificação” (Romanos 4.25)

É pela ressurreição que o crente tem a certeza que Deus se agradou do sacrifício feito por Jesus em nosso lugar.

Quando Cristo ressuscitou dentre os mortos, essa foi a declaração de aprovação, da parte de Deus, da obra redentora de Cristo.

Ressuscitando Cristo dentre os mortos, Deus Pai estava de facto dizendo que aprovava a obra de Cristo de sofrer e morrer por nosso pecados, que a Sua obra tinha sido completa e que Cristo não tinha mais nenhuma necessidade de permanecer morto.

Não havia mais nenhuma pena a ser paga pelo pecado, nenhuma ira de Deus, nenhuma culpa ou motivo de punição – tudo havia sido completamente pago, e não sobrou culpa alguma.

Isso explica porque Paulo pode dizer que Cristo ressuscitou para nossa justificação. Se Deus nos ressuscitou com ele (Efésios 2.6), então, em virtude da nossa união com Cristo, a declaração de aprovação de Cristo é também a sua declaração da nossa aprovação.

Dessa maneira a ressurreição de Cristo também forneceu uma prova final de que Ele havia obtido a nossa justificação.

Esse novo poder da ressurreição em nós inclui o poder para obter uma vitória cada vez maior sobre o pecado que permanece em nossa vida “o pecado não terá domínio sobre nós” (Romanos 6.14).

Podemos resumir dizendo que a obra salvífica de Cristo vai além da Cruz até ao Tumulo vazio.







  1. Temos um sumo sacerdote compreensivo, misericordioso e fiel nos céus

Pelo que convinha que em tudo fosse semelhante a seus irmãos, para ser misericordioso e fiel sumo sacerdote naquilo que é de Deus, a fim de fazer propiciação pelos pecados do povo” (Hebreus 2.17)

Quem os condenará? Pois é Cristo quem morreu, ou antes quem ressurgiu dentre os mortos, o qual está à direita de Deus, e também intercede por nós.” (Romanos 8.34)

Portanto, pode também salvar perfeitamente os que por ele se chegam a Deus, vivendo sempre para interceder por eles” (Hebreus 7.25)


  1. Assegura ao crente o poder necessário para a vida e para o serviço a Deus

O apóstolo Paulo expressou o maior desejo de sua vida quando disse:

Para o conhecer e o poder da sua ressurreição e a comunhão dos seus sofrimentos, conformando-me com ele na sua morte” (Filipenses 3.10)

No Antigo Testamento o grande milagre que sempre animava o povo a prosseguir, foi a libertação do Egipto e a passagem do Mar Vermelho.

Dezenas de vezes os profetas estimulavam a fé do povo, relembrando-os desse milagre.

Sem dúvida que a maior demonstração de poder da parte de Deus no Novo Testamento foi a ressurreição de Cristo. (Efésios 1.18-20)

Este é o poder que derrotou a morte.

  1. Garante-nos a Vinda do Espírito Santo, para habitar no crente

Jesus associou a Sua glorificação ao dom do Espírito Santo, conforme registou o evangelista João:
No último dia, o grande dia da festa, Jesus pôs-se de pé, e clamou: Se alguém tem sede, venha a mim e beba. Quem crê em mim, como diz a Escritura, do seu interior fluirão rios de água viva. Isto dizia do Espírito que haviam de receber os que nele cressem, O Espírito Santo ainda não fora dado, porque Jesus ainda não havia sido glorificado.” (João 7.37-39).

Todavia, digo-vos a verdade: Convêm que eu vá, porque se eu não for, o Consolador não virá para vós; mas se eu for, eu o enviarei.” (João 16.7).

Foi após a ressurreição de Jesus que Ele prometeu abertamente aos seus discípulos: “ (…) recebereis poder, ao descer sobre vós o Espírito Santo (…)” (Actos 1.8).

Esse poder novo e intensificado para proclamar o evangelho, operar milagres e triunfar sobre a oposição do inimigo foi dado aos discípulos após a ressurreição de Cristo dentre os mortos e era parte do novo poder da ressurreição que lhes caracterizava a vida cristã.



  1. Garante-nos a segurança da ressurreição, da imortalidade e da semelhança com Cristo

A ressurreição de Jesus garante a nossa ressurreição.
A ressurreição de Jesus não é um assunto de mero interesse histórico, mas serve de protótipo da ressurreição de todos aqueles que colocam a sua fé em Deus.

Os Escritos do Novo Testamento ensinam que a ressurreição de Jesus não é um facto fechado em si, mas é o início de um processo que se estende a todos os remidos, por isso o apóstolo Paulo apresenta a Cristo como: “o Primogénito dentre os mortos”; desde a eternidade passada que Deus deseja fazer-nos semelhantes á imagem do seu Filho ressuscitado: “Os que Ele conheceu de antemão, também os predestinou a ser conformes á imagem de seu Filho, a fim de ser o primogénito entre muitos irmão” (Romanos 8.29).

Paulo afirma que na ressurreição de Cristo teve inicio a nossa própria ressurreição, que nos dá acesso á Sua presença e ás Suas riquezas: “estando nós ainda mortos em nosso delitos, nos vivificou juntamente com Cristo (pela graça sois salvos), e nos ressuscitou juntamente com ele, e nos fez assentar nas regiões celestiais, em Cristo Jesus.” (Efésios 2.5-6), o apóstolo desenvolve este pensamento na epístola aos Colossenses 3.1-4 (Ler).

Paulo também diz que Cristo é as “primícias dos que dormem” (I Coríntios 15.20). Ao chamar Cristo de “primícias”, Paulo utiliza uma metáfora da agricultura para indicar que seremos como Cristo. Exactamente como “as primícias”, isto é, os primeiros frutos colhidos da apanha, mostram como o resto da colheita será para aquela safra, assim Cristo como “as primícias” demonstra como será o nosso corpo ressurrecto quando, na ”colheita” final de Deus, Ele nos levantar dentre os mortos e nos trouxer á Sua presença.

Pois se cremos que Jesus morreu e ressuscitou, assim também Deus, mediante Jesus, trará juntamente em sua companhia os que dormem” (I Tessalonicenses 4.14)

Sabendo que aquele que ressuscitou ao Senhor Jesus, também nos ressuscitará com Jesus, e nos apresentará convosco” (II Coríntios 4.14)

Porque eu vivo, vós também vivereis” (João 4.19)

A Palavra de Deus nos revela Jesus como o Senhor das chaves da morte e do inferno.

“… Eu sou o que vivo; fui morto, mas estou vivo para todo o sempre! E tenho as chaves da morte e do inferno” (Apocalipse 1.18)


Conclusão: I Coríntios 15.54-57