segunda-feira, março 13, 2006

Estudo Biblico - Cova Piedade 12 Março

Tema: Noticias Celestiais

Texto: Deus retribuirá a cada um conforme as suas obras. (Romanos 2.6)

Se o céu tivesse um jornal de publicação diária quais seriam os seus títulos, os cabeçalhos? Provavelmente seriam bem diferentes dos jornais aqui do reino terrestre. Até podemos imaginar: Joana M. trocou a sua 10.000 (décima milésima) fralda; Manuel R. cortou a relva do vizinho; João V. aceitou Jesus e começa a ter uma nova vida; Luís R. entrega um bolo de chocolate a um inimigo; Carlos A. trocou um pneu a um automobilista em dificuldades; Marta P. dá de comer a um doente; Viúva desconhecida dá suas últimas moedas na oferta do culto de domingo…

Alguns de vós provavelmente estarão a questionar-se se mudar as fraldas, dar um bolo de chocolate ou ofertar duas moedas terá recompensa no céu … a minha resposta é um sim.

Temos de começar a pensar de maneira diferente naquilo que importa para Deus. È bom nós sabermos que as pequenas coisas que fazemos agradam a Deus. Isso quer dizer que qualquer pessoa, pode aparecer num Cabeçalho no céu. Deus deseja recompensar-nos pelo nosso serviço prestado no Seu nome aqui na terra; a Bíblia diz que Deus “recompensa aqueles que o buscam” (Hebreus 11.6), nossa chamada é para amar e agradar a Deus e Ele cuidará da parte do galardão da recompensa.

Nós servimos a Deus porque O amamos e ao nosso próximo, não servimos por causa de recompensas, mas pelo Senhor, por esse motivo “temos o propósito de lhe agradar” (II Coríntios 5.9), a recompensa é simplesmente o modo pelo qual Deus demonstra ter prazer na nossa vida.

Deus deu-nos muita informação acerca das recompensas celestiais porque Ele tinha em mente, ensinar-nos que: Existe outro mundo além desta vida; a nossa vida na terra repercute-se na vida eterna; quando O servimos o nosso trabalho não é vão; temos um incentivo celestial quando enfrentamos tempos difíceis.

A pergunta então que desejamos responder com esta nossa reflexão é: “Que acções serão recompensadas por Deus?”

  1. Sermos perseguidos por causa da Sua Justiça

(…) bem-aventurados sois vós quando vos injuriarem, e perseguirem, e, mentindo, disserem todo o mal contra vós, por minha causa. Exultai e alegrai-vos, porque é grande o vosso galardão nos céus; porque assim perseguiram os profetas que foram antes de vós. (Mateus 5.11-12)

A promessa de recompensa eterna tem ajudado muitas pessoas a superarem as dificuldades da vida. Moisés suportou os maus-tratos porque contemplava as recompensas celestiais (Hebreus 11.24-26).

Paulo superou incríveis adversidades, pois mantinha seus olhos no prémio da chamada celestial (Filipenses 3,14).

Jesus foi capaz de suportar a cruz porque contemplava “a alegria que lhe fora proposta” (Hebreus 12.2)


Jesus revelou-nos essa verdade sobre as recompensas eternas para incentivar-nos a assumir uma atitude correcta quando formos atacados por causa da nossa fé.

Quando as pessoas nos odeiam por causa de Cristo, temos uma de duas escolhas, ou colocamos a nossa atenção nos nossos inimigos terrenos ou no nosso Pai celestial.

O apóstolo Paulo considerava os seus problemas terrenos insignificantes comparados com aquilo que o aguardava no céu:” Porque a nossa leve e momentânea tribulação produz para nós um peso eterno de glória mui excelente, não atentando nós nas coisas que se vêem, mas nas que se não vêem; porque as que se vêem são temporais, e as que se não vêem são eternas.” (II coríntios 4.17-18)



  1. Ofertando alegremente ao Senhor

Jesus disse-nos para ajuntarmos tesouros no céu e não na terra: “Mas ajuntai tesouros no céu, ronde nem a traça nem a ferrugem consomem, e onde os ladrões não minam, nem roubam. Porque onde estiver o vosso tesouro, aí estará também o vosso coração.” (Mateus 6.20-21)

Se entregarmos alegremente as nossas ofertas ao Senhor, Ele restituí-las-á a todas na eternidade. O que fazemos com o nosso dinheiro revela o que mais amamos. Se o nosso dinheiro pudesse falar, por onde ele diria que tem andado?

Uma moeda de 1 euro encontra uma nota de 50 e diz-lhe: Há muito tempo que não te via. Por onde tens andado? - Olha gastei algum tempo no cabeleireiro, passei por um restaurante, depois dei umas voltas pelo centro comercial, embarquei num cruzeiro e fiz umas passeatas pela cidade. Olha, e tu? Por onde tens andado? A moeda de um euro respondeu: Olha sabes, nos mesmo lugares do costume, igreja, igreja, igreja.

Queridos irmãos, um dia o nosso dinheiro vai falar, pois teremos de prestar contas a Deus de como o utilizámos.

Jesus ensinou que devíamos investir no mercado futuro, de modo a que o nosso coração se interesse mais pelo eterno do que pelo temporal. Certa vez Jesus falou com um Jovem rico e propôs-lhe o seguinte: “E Jesus, olhando para ele, o amou e lhe disse: Falta-te uma coisa: vai, e vende tudo quanto tens, e dá-o aos pobres, me terás um tesouro no céu; e vem e segue-me.” (Marcos 10.21). Jesus desejava que o rico fizesse um negócio simples, trocasse o tesouro terreno pelo celestial.

Se o nosso tesouro estiver no céu o nosso coração também estará lá.

O acto de doar não é difícil se amarmos o objecto da nossa doação. Ofertar ao Senhor prova que o amamos mais do que as coisas que poderíamos comprar com o nosso dinheiro. Nossas ofertas precisam ser um acto de adoração proveniente do coração. Se elas não tiverem sentido para nós, também não significam nada para Deus.

A importância em dinheiro que doamos na terra não é directamente proporcional á importância que receberemos no céu.
Certa vez, Jesus estava observando muitas pessoas ricas depositando altas quantias no tesouro do templo. Depois delas, uma viúva colocou duas pequenas moedas de cobre e Jesus disse aos seus discípulos:” E, chamando os seus discípulos, disse-lhes: Em verdade vos digo que esta pobre viúva depositou mais do que todos os que depositaram na arca do tesouro (…)” (Marcos 12.43)
Como pode o menos ser mais? A viúva doou apenas duas pequenas moedas, contudo ofereceu uma fortuna, segundo o sistema contabilístico dos céus. Os contabilistas celestiais calculam as nossas ofertas com base em algo mais do que a quantia que ofertamos. Deus não mede a nossa generosidade por quanto doamos, mas pelo que nos sobra após a oferta.

  1. Amando os nossos inimigos

O irmão já experimentou o sofrimento de amar aqueles que nos desprezam? É uma tarefa difícil porque as acções dessas pessoas magoam-nos profundamente. Como é possível amar os nossos inimigos? Podemos começar por orar por eles. (História da casa assaltada – Cindy).

Amar os nossos inimigos não é uma reacção natural; é uma acção sobrenatural. Somente podemos amá-los através do amor de Deus em nós.

Jesus disse: “E, se amardes aos que vos amam, que recompensa tereis? Também os pecadores amam aos que os amam. E, se fizerdes bem aos que vos fazem bem, que recompensa tereis? Também os pecadores fazem o mesmo. E, se emprestardes àqueles de quem esperais tornar a receber, que recompensa tereis? Também os pecadores emprestam aos pecadores, para tornarem a receber outro tanto. Amai, pois, a vossos inimigos, e fazei o bem, e emprestai, sem nada esperardes, e será grande o vosso galardão, e sereis filhos do Altíssimo; porque ele é benigno até para com os ingratos e maus. Sede, pois, misericordiosos, como também vosso Pai é misericordioso.” (Lucas 6.32-35)

Jesus ordenou que amemos aqueles que nos odeiam.
Isso parece muito difícil? Lembremo-nos apenas que Jesus nunca nos manda fazer algo para o qual não nos capacite a realizar.


  1. Trabalhando fielmente no seu emprego

Parece-me que não compreendemos como o nosso trabalho aos olhos de Deus é importante.
O irmão talvez nunca tenha pensado que Deus, no céu, vai premiar aqueles que foram fiéis no seu trabalho. Será que fazia algum sentido nós passamos perto de um terço da nossa vida a trabalhar se Deus não tivesse um propósito, para a nossa vida profissional?
Enquanto trabalhamos Deus está a provar a nossa fidelidade nas coisas pequenas.

Vós, servos, obedecei em tudo a vosso senhor segundo a carne, não servindo só na aparência, como para agradar aos homens, mas em simplicidade de coração, temendo a Deus. E, tudo quanto fizerdes, fazei-o de todo o coração, como ao Senhor e não aos homens, sabendo que recebereis do Senhor o galardão da herança, porque a Cristo, o Senhor, servis. (Colossenses 3.23-24)

E qualquer que, dentre vós, quiser ser o primeiro será servo de todos. (Marcos 10.44)

Ainda que os escravos tivessem o mais insignificante de todos os trabalhos, Deus prometeu recompensá-los no céu se eles trabalhassem para o Senhor, em vez de fazê-lo para os homens.

Se um escravo é recompensado por executar tarefas humildes para glória de Deus, o mesmo sucede com cada crente em Cristo.

Martinho Lutero disse: “A criada que varre a cozinha está fazendo a vontade de Deus tanto quanto o monge que ora. O sapateiro cristão cumpre o seu dever cristão – não colocando material de segunda nos calçados, mas fazendo bons artigos, porque Deus está interessado em artesanato de qualidade.”

A mãe cristã que troca as fraldas do seu filho será recompensada eternamente pela realização desse dever.

A verdadeira religião é cuidar daqueles que precisam de ajuda (Tiago 1.27) e os bebés não podem trocar as fraldas sozinhos, dependem de alguém para o fazer.

O mecânico cristão que conserta veículos honestamente, o agricultor que trabalha longas horas no campo, o talhante que trabalha duramente, o empregado de balcão que atende esmeradamente as pessoas, a secretária atarefada no escritório, todos estão a realizar trabalhos dignos do reino de Deus.

Vamos procurar um nova perspectiva da nossa ocupação terrena. O seu trabalho faz parte da sua chamada no Reino de Deus, assim seja qual for a sua ocupação comece a considerar Deus o seu patrão, e o irmão descobrirá um sentido eterno naquilo que está a fazer.

  1. Apoiar os ministérios

Quem recebe um profeta na qualidade de profeta receberá galardão de profeta; e quem recebe um justo na qualidade de justo, receberá galardão de justo. E qualquer que tiver dado só que seja um copo de água fria a um destes pequenos, em nome de discípulo, em verdade vos digo que de modo algum perderá o seu galardão. (Mateus 10.41-42)

Sempre que apoiarmos as igrejas e os ministérios que estão disseminando o evangelho de Jesus, também participaremos de sua recompensa. As igrejas não podem ministrar efectivamente sem cristãos que orem fielmente e dêem suporte financeiro. O encorajamento e a oração de intercessão em favor daqueles que trabalham em tempo integral no ministério são formas importantes de quem realiza trabalhos seculares se associar àqueles que desenvolvem a obra ministerial.


  1. Fazendo o bem

(…) servindo de boa vontade como ao Senhor e não como aos homens, sabendo que cada um receberá do Senhor todo o bem que fizer, seja servo, seja livre. (Efésios 6.7-8)


Conclusão:

Existem muitas outras coisas que devemos fazer e que o Senhor recompensará no final dos tempos:
  • Testemunhar de Jesus (I Coríntios 9.16-17);

  • Ser morto por amor a Cristo (Hebreus 11.37);

  • Orar (Mateus 6.6);

  • Servir ao Senhor fielmente ao Senhor no ministério (Lucas 19.17);

  • Amar incondicionalmente (Mateus 5.46);

  • Ser um cônjuge consagrado (I Pedro 3.3-7);

  • Ter uma atitude de servo (Marcos 10.43-45);

  • Ser humilde (Mateus 18.4);

  • Auxiliar os pobres (Provérbios 19.17);

  • Visitar as viúvas e os órfãos nas suas tribulações (Tiago 1.27);

  • Viver de modo justo (Provérbios 11.31).